chamo-lhe Maria
assim a chamarei de hora em diante. não terá rosto nem origem sequer. que importa isso? Marias, como ela, há aos milhões por certo. o que pode importar, a mim que a narro, é a sua experiência de mulher, num mundo de aço e pedra para quem, como ela, nasceu frágil, de papel. Maria . ouviu vezes demais o seu nome gritado, sem carinho, na infância. nascera para largos espaços, longes para onde olhar e confinaram-na a burgos mais ou menos pequenos. tinha asas de voo largo e longo curso. mas todas as outras gentes que a cercavam, tinham os pés e os olhos presos ao chão. deu em encontrar forma diferente de voar, escreveu. e é dos seus escritos, um dia perdidos e hora achados em velha arca, que conto o que à frente seguirá. sem lhe poder pedir, que não existe. Maria viverá , mas aqui só. |
7 Comentários:
blog criativo, adorei ^^ bjo
Aguardemos a abertura desses escritos.
Beijos
Querida Maria (posso? vida de papel não soa bem)
tentarei acompanhar a história de Maria, que antevejo pungente...
Um beijo
Daniel
simplesmente Maria!
venham daí essas folhas de papel com a vida da maria!
se são folhas soltas pouco importa, um pouco de cola resolve :)
:)
(...) deu em encontrar forma diferente de voar, escreveu.(...)
Quem voa assim como escreve é dona dos ares e pode voar para onde quer.
Tivera eu asas e acompanhar-te-ia, assim fico a ver-te (ler-te) voar na graciosidade das penas e da pena com que escreves.
Manel
"Maria vida fria", cá me vou deliciar com mais uma das tuas histórias, sempre tão actuais, ainda que possamos pensar que fazem parte de um pssado longinquo.
Beijo da Madrinha :)
Lina
"Maria viverá..."
Maria vive.
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