sair sem o caderno, não sabia.
é como os comprimidos que lhes dão na fábrica, não curam, aliviam. escrever é um desses comprimidos para mim. não cura o que na alma dói, distrai a dor.
e ia pelos campos mais presa a aves e árvores que a gente.
mas saltemos a infância por agora. eu sei que não é de costume.
pensem num flash back de cinema, confesso que pessoalmente detesto filmes a começar pelo fim, mas garanto, não será este o caso. os papéis de Maria não foram ordenados, sairão ao acaso. quem uma vez os ler que trate, se quiser. de lhes dar a ordem que entender.
sinto-me só. de uma solidão tão grande e escura como imagino a morte. mas estou viva. mexo-me, olho e vejo. e bem mais do que queria vejo eu.
os mal amados são sempre maus e há tantos. quem não os soube amar, tantas vidas estragou.
se quisesse encontrar responsáveis teria de começar tão longe que o melhor é deixar tudo como está.
aprendera já a olhar mais que a paisagem. olhava agora as gentes e os seus comportamentos, com olhar de lince, mas não de predador.
5 Comentários:
Estive a ler os outros posts. Maria começa a definir-se nas tuas palavras. Cá estarei para a ver ganhar todos os contornos.
Obrigada pelo "animal de companhia" que deixaste por lá!
Beijinhos
como vão ser umas folhas soltas, lá terei de abrir uma pasta com o nome Maria e empacotar tudo para descobrir uma sequência da vida dessa garota.
:)
(...) escrever é um desses comprimidos para mim. não cura o que na alma dói, distrai a dor.(...)
Como eu compreendo...tão bem que a frase poderia ser minha...se calhar já a sonhei!
Beijo e vénia do Manel
Começa a compor-se a figura central (?) da história... Temos que dar melhor atenção para não perdermos o fio à meada dadas as folhas serem soltas.
Bom fim de semana.
Beijos.
... colocando a leitura em dia...
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