1/19/2006

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.

Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.

E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.

- Eu faço versos como quem morre.

Edward Weston


Poema de Manuel Bandeira

3 Comentários:

Blogger K'os disse...

Foto bonita, mas de uma dor intensa, tal como todo o poema.

janeiro 19, 2006 7:13 da tarde  
Blogger wind disse...

Imagem fortíssima!

janeiro 19, 2006 10:16 da tarde  
Blogger Manel do Montado disse...

Adoro ler-te e mais ainda agora que focas o que já experimentei na primeira pessoa e em todos os tempos verbais.
Beijo

janeiro 20, 2006 12:18 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home

Isto Não É Um Diário.

----------