1/21/2006

my prayer

. Geoffroy Demarquet

meu amor dos melros e dos rios


contigo, sei lá eu porquê, ninguém me feria

contigo tinha a segurança da chuva quando cai

e sabe sempre ter colo que a acolha na descida


meu amor que foste e que te foste

e és mais presente que tudo quanto está

preciso-te ainda, ou mais que nunca?


voam corvos em círculos, volteiam

esperam que me distraia que me canse

ou que morra de sede no deserto


estão cada vez mais perto, sinto, oiço

que me querem? diz-me tu da distância.

diz-me tu de onde estás!

5 Comentários:

Blogger wind disse...

A necessidade da protecção. A foto transmite solidão e tristeza.

janeiro 21, 2006 7:09 da tarde  
Blogger M.P. disse...

Os corvos são aves de mau agouro... espero que as notícias que esperas de longe.. te tragam boas novas apesar de tudo!

Bom fim de semana! **

janeiro 21, 2006 8:29 da tarde  
Blogger L disse...

Não se deve procurar respostas entre os mortos, mas entre os vivos. Muito delicado, o poema.

janeiro 21, 2006 9:02 da tarde  
Blogger Unknown disse...

para quem não sabe escrever poesia (e até se esquece da que escreveu...) não está nada mal :) bjs

janeiro 21, 2006 11:52 da tarde  
Blogger aDesenhar disse...

difícil arrancar essas raízes!
:)
foi ou continua a ser muito forte esse amor.
:)

janeiro 22, 2006 12:08 da manhã  

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