era quase noite era ainda dia
amarelo. sempre vesti preto. quase sempre. nesse dia vestia de amarelo.
não deixaram que dançasse mas o vestido, esse consegui tê-lo. foi uma vida por aproximações. nunca lá, mas... nem que fosse o vestido.
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ainda temos tempo, quer ver o pôr do sol?
se queria? eu nem acreditava que pudesses perguntar.
em frente tudo azul. o sempre e o azul descobri-os por ti, contigo, sei eu lá!
reconheço, tolice quase ainda adolescente. às vezes, dou comigo a pensar que devia ter parado nesse tempo. devia ser possível parar, morrer quando se é feliz.
deste-me a mão. mais correcto, estendeste-a e a minha agarrou-se a ela como a ramo de árvore onde intenta subir. o impulso e para que eu não caísse, fez-nos rodopiar.
dancei, dancei contigo. de vestido amarelo!
nesse dia quase noite, as cores amarelaram sobre o rio.
à noite tinha de concentar-me. poesia , a minha vida. mas a poesia que corria nas veias era de outro nome. não bucólica ou triste ou de revolta. era uma intensa dor de amar-te sem poder.
mas eu podia. podia meu amor. e nunca consegui deixar de amar.
para casa voltámos de mão dada. e eu tive corpo pela primeira vez.
5 Comentários:
...deste-me a mão. mais correcto, estendeste-a e a minha agarrou-se a ela como a ramo de árvore onde intenta subir.
...
estás a ver como compreendes o meu silêncio!
adorei o teu pergaminho.vou guardá-lo
no baú das boas recordações.
afilhada
:)
bjks
(...) e eu tive corpo pela primeira vez.
Excelente descrição...haja quem o saiba colocar assim airoso, poético e sofrido.
Só pergaminho dos bafejados por Minerva.
Curvo-me perante tão sublime escrita.
Beijo de boa madrugada
Olá AfilhadaLinda :)
Vim cá encher a alma com mais um texto teu.
O meu compadre anda a botar faladura do mais alto gabarito ehehehe.
Beijos, muitos
(esta gente não dorme ou fecharam as discotecas? ;))
... intensas e belas: emoções e palavras a tentar traduzi-las.
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