12/27/2005

vê-me, de onde estás, ser trágica

see me by Irina F

sem ser actriz agora. e com o grito silenciado pelo pudor de mim, que não me sei mostrar com o que sinto.

elas, pela primeira vez, calaram os conselhos. parecem perceber. parecem. que tiveram a sorte de nascer com limites que lhes dão dores a condizer, pequenas, medíocres, adocicadas como novelas de escritor barato. felizes que elas são! invejo-as.

não! não invejo nenhum sentimento apoucado. bebo a taça até ao fim. ao fim de quê? de mim?


Ben Philippi

tentação forte de me deixar ficar. criar raízes, como uma trepadeira, que me levem sozinhas aonde não conseguirei chegar de novo, a ti.

- sai. não podes ficar assim. há o espectáculo. ele ia querer que fosses...

de que falam? é comigo, isso sei. como sei que apodrecerei nesta cidade que me afastou de ti como fosso de castelo. e onde a água que corre junto ao cais será de qualquer côr, menos azul.


hipnoz

4 Comentários:

Blogger aDesenhar disse...

as férias estão a correr bem !obrigado.

os teus posts brotam prá blogosfera a uma velocidade impressionante!ainda mal acabei de digerir um belo post, já tu fizeste "enter" a mais meia duzia!uffaaa afilhada!nem deixas respirar ou saborear textos e as excelentes imagens, que têm ido para o meu baú de especialidades!.
mesmo que não faça comentários, sabes que estou sempre a sobrevoar o teu livro
de contos.
até já afilhada
bjks

dezembro 27, 2005 2:26 da tarde  
Blogger Poesia Portuguesa disse...

Um texto sentudo, que lida com sentimentos próprios e dos outros... gostei!

Um abraço e serena e feliz entrada em 2006 :)

dezembro 27, 2005 5:54 da tarde  
Blogger Menina Marota disse...

Faço minhas as palavras da Poesia.

Um abraço e bom 2006 :)

dezembro 27, 2005 5:55 da tarde  
Blogger Daniel Aladiah disse...

Querida M
Escreves tão bem...
Um beijo
Daniel

dezembro 27, 2005 11:35 da tarde  

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