1/23/2006

Maria tinha memórias genéticas

de outras areias. quentes secas mas, por falta de férias, no inverno procurava o mar.


Eric Boutilier-Brown

aí recebia a energia das ondas e a paz de que necessitava, para alinhar as ideias que iam ganhando corpo, desde que voltara da viagem.

água. da água nasceu a vida, como não procurá-la?

pouca gente passava nessa época. parecia um deseerto. fazia-a sentir bem a solidão. dos poucos passantes notou um, por mero acaso de erguer o olhar.

Paul Osmond

estranha expressão. é seguramente mais jovem do que a barba branca deixa aparentar. tem olhos de vento. faz-me, sem qualquer razão, pensar no velho e o mar.

passeava. direito, alto, quase inglês.

tal um aristocrata que veio ver a plebe.

riu sozinha e esqueceu. não tinha ido para ver. fora para respirar. recomeçaria o trabalho dois dias depois. era o descanso a que o teatro de qualidade dava direito, ao tempo.

ainda há uma viagem por fazer. a essa não me posso esquivar.

doem-me na carne os olhos do meu filho. tão tristes! tão tristes...

3 Comentários:

Blogger LUIS MILHANO (Lumife) disse...

O sonho continua a comandar a vida...

Beijos

janeiro 23, 2006 3:18 da tarde  
Blogger paper life disse...

Claro, Lumife. Isso é que importa.

:)

Bjs

janeiro 23, 2006 7:31 da tarde  
Blogger Lmatta disse...

A vida é assim não é?
quanto queremos não podemos m.... .
Beijocas

janeiro 23, 2006 8:29 da tarde  

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