num acidental dia, um canto breve
recorda-lhe os poucos anos de alegria. de muito espaço, de confiança.
não os da infância. esses foram felizes só quando os roubou ao ciúme doente de uma família doente de alma. esses eram tempos de criança triste que tem raiva de o ser e se rebela.
não sem que a mão verde do ciúme lhe travasse o passo e o sonho. por isso se isolou desde menina.
nascera sem amor de mãe. ele há pior? ou se aquilo era amor, era disforme.
queria a mãe de volta um irmão que lhe morrera em dias e foi ela, rapariga, quem surgiu.
a ignorância, construiu o caos da sua meninice.
a mãe. sabendo ou não, nunca aceitou tê-la e decretou-a diferente da irmã e assim se manteve, convicta do contrário. até agora.
Franziska Hnão era pois esse o tempo que lembrava e o pássaro fizera querer de volta. era o tempo de sol. tempo de amor.
1 Comentários:
Posso entrar na tua história e falar contigo, Maria? Sei que é ficção, mas...Que dizer de crescer, filha sem mãe, filha de outra diferente? Os ciúmes, os interesses, ah...o vil metal...
Um raio de luz e um trinado...ostei tanto, obrigada!
Bjinho
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