a primeira rosa
foi ela que me deu sangue para as veias
me aqueceu os invernos rumorosos
veio-me de ti na hora das candeias
quando os medos se tornam mais penosos.
foste tu ou a rosa? e isso importa?
foi a vida que entrou. abri-lhe a porta.
saí com ela para nunca mais voltar.
mas murchada a rosa veio a morte
tirar-me a árvore de que era parte já
perdida a bússola aonde fica o norte?
quero lá saber de pontos cardeais!
sou uma pedra. apaguem-me os sinais.
Lara Ellis
4 Comentários:
Depois de um intenso jogo de futebol, (sou um adepto ferrenho do Sporting, porém pacifico) precisei de acalmar um pouco.
Não me enganei, mesmo sendo a única de que me lembrei, por cá passei e um pouco fiquei.
As palavras, as imagens e os sons desta casa, trouxeram-me de novo a calma necessária.
Não me canso de lhe agradecer, o bom gosto e a qualidade do que aqui encontro quando preciso.
Bem-haja.
:)
Obrigada.
E Parabéns.
Em vez de rosas, aceita sementes de sequóias.
Uma pérola, o poema e tu, Vida de papel, com este dom de escrever assim...
Pedra? Só se fôr diamante...
Bjinho
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