que sei eu de Maria depois do que já li?
percorro-lhe os caminhos para a encontrar melhor. primeiro, é urgente abandonar a calçada da cidade aonde definhou. encontrar um carreiro que lhe lembre campo, ainda que curto e feito à medida do homem que o quis.
é um escasso mas reconfortante contacto com a terra.
como era ela? - alta, magra. vestia como quem pouco se importa, como quem só cumpre a regra de não andar nu pelas ruas, ou cobre o frio com o primeiro trapo que aparece.
depois há que chegar ao campo ou ao mar. desertos ou o mais perto disso que a civilização permitir.
não querendo conduzir, tentando ainda repeti-la, fico-me pela praia. é inverno. aí Maria estaria no seu habitat. poderia fazer o que na solidão, fazia sem vergonha ou medo: assobiar e esperar que do seu poiso, um melro respondesse.
Gerd Rossen
acontecia.
até aqui foi fácil, agradável, quase infantil até. e depois disto, serei ainda capaz de a entender? não retomarei os escritos da arca sem tentar.
2 Comentários:
também gosto do teu blog. é diferente, telúrico.
não deixes de escrever. é um prazer ler-te.
:)
:) Obrigada.
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