1/25/2006

que sei eu de Maria depois do que já li?

percorro-lhe os caminhos para a encontrar melhor. primeiro, é urgente abandonar a calçada da cidade aonde definhou. encontrar um carreiro que lhe lembre campo, ainda que curto e feito à medida do homem que o quis.

é um escasso mas reconfortante contacto com a terra.

como era ela? - alta, magra. vestia como quem pouco se importa, como quem só cumpre a regra de não andar nu pelas ruas, ou cobre o frio com o primeiro trapo que aparece.


of cloth Alan Babbitt


depois há que chegar ao campo ou ao mar. desertos ou o mais perto disso que a civilização permitir.


at zenandphotography

não querendo conduzir, tentando ainda repeti-la, fico-me pela praia. é inverno. aí Maria estaria no seu habitat. poderia fazer o que na solidão, fazia sem vergonha ou medo: assobiar e esperar que do seu poiso, um melro respondesse.

Gerd Rossen

acontecia.

até aqui foi fácil, agradável, quase infantil até. e depois disto, serei ainda capaz de a entender? não retomarei os escritos da arca sem tentar.

2 Comentários:

Blogger L disse...

também gosto do teu blog. é diferente, telúrico.

não deixes de escrever. é um prazer ler-te.

:)

janeiro 25, 2006 10:29 da tarde  
Blogger paper life disse...

:) Obrigada.

janeiro 25, 2006 11:07 da tarde  

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