corria ao teu encontro tão cheia de palavras
parecia ter o mundo para contar, mas bastava o teu olhar para não existir mais nada do que olhar-te e ouvir-te.
tanta coisa descobri que não sabia!
já tinha lido muito mas à toa. tu não. tu sabias bem porque é que lias. passavas-me essa arte com paciência de professor antigo. e de ti eu aceitava toda a sabedoria.
depois, depois havia um rio. o nosso rio.
tanta coisa descobri que não sabia!
já tinha lido muito mas à toa. tu não. tu sabias bem porque é que lias. passavas-me essa arte com paciência de professor antigo. e de ti eu aceitava toda a sabedoria.
depois, depois havia um rio. o nosso rio.
criávamos silêncio de ave em alto voo. mas eu sabia que era ao meu lado que voavas. nem precisava olhar.
David Sanger
eu, cuja insegurança me viera no leite, tinha agora a certeza de um amor.
5 Comentários:
Vida de papel
olá
ela vai se matar?
O conto está lindo
Beijinhos
Lenda Sioux
Um dia um jovem casal de índios apaixonados decidiu procurar o feiticeiro da tribo para saberem se seriam felizes no futuro, se estariam sempre juntos.
Então o velho índio disse-lhes que capturassem, cada um por si, uma jovem águia e a trouxesse à sua presença.
Quando regressaram da montanha, após vários dias, cada um trazia orgulhosamente a sua águia.
Então o velho chefe amarrou uma das patas de cada animal entre si e largou-os. Os animais tentaram voar e não conseguiram, tentando soltar-se e começando a dar bicadas umas no outro. Depois o velho feiticeiro desamarrou-lhes as patas e soltou as aves que voaram juntas dali para fora.
Então o velho disse-lhes:
- Se os laços que vos unem interferirem na liberdade um do outro e na capacidade de voar a sós, então vocês não se amam, não respeitam a liberdade um do outro e viverão em conflito interno e externo para sempre. Se pelo contrário cada um acompanhar o voo do outro respeitando o seu espaço e liberdade, poderão ser felizes para sempre.
Isto minha cara é que é o amor.
Beijo e sempre a ler-te.
(...) começando a dar bicadas um no outro.(...)
Errata
Outro beijo
Manuel, estas aves foram tão livres quanto quiseram. Provavelmente foi isso que tornou tão triste a história.
Um beijo para ti. :)
Curioso a segunda foto do post: não são simplesmente aves - são olhos a voar!
O texto?!... continuo a me deliciar.
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