hoje estou como ele. não,
Estamos nus e gramamos.
Na grama secular um passarinho verde
canta para um poema lírico, para um poeta lírico,
que se nasceu
é certo que não cantou .
Uma Voz na Pedra
Não sei se respondo ou se pergunto.
Sou uma voz que nasceu na penumbra do vazio.
Estou um pouco ébria e estou crescendo numa pedra.
Não tenho a sabedoria do mel ou a do vinho.
De súbito ergo-me como uma torre de sombra fulgurante.
A minha ebriedade é a da sede e a da chama.
Com esta pequena centelha quero incendiar o silêncio.
O que eu amo não sei. Amo em total abandono.
Sinto a minha boca dentro das árvores e de uma oculta nascente.
Indecisa e ardente, algo ainda não é flor em mim.
Não estou perdida, estou entre o vento e o olvido.
Quero conhecer a minha nudez e ser o azul da presença.
Não sou a destruição cega nem a esperança impossível.
Sou alguém que espera ser aberto por uma palavra.
5 Comentários:
Olá
Não é repetido, tu sabes bem, mesmo que pareça.
"Sou alguém que precisa de ser aberto por uma palavra"
Mas esta tua frase diz muito, preciso muito duma palavra mas não sei qual é.
Beijocas
A palavra não é minha Lmatta, é do poeta.
E a palavra, uma, eu desta vez digo-te voluntária e amiga:
amo-te, menina.
:) Bjs
Palavrinhas, Parece que isto é mal de muitas Marias. Um dia a palavra chega e NUNCA é tarde demais para a ouvir. Bjs BFS
Este blog é de extremo bom gosto.
Excelentes pensamentos e fotos.
Vou linkarte na primeira oportunidade.
Um abraço.
Os poemas são muito, muito bonitos ... mas as fotos que escolhes para enquadrar as palavras que nos ofereces continuam a deslumbrar-me ... :)
Beijoquinha encaracolada em amizade ... :))))
sábias palavras do poeta. e belas fotos as que escolheste :) bjs minha Irmã.
Enviar um comentário
<< Home