1/05/2006

mal sabendo como isso se consegue,

isso de amar, perdeu-se várias vezes no caminho.

Don Ricchilino


AMAR

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar!

E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...

Florbela Espanca

cada dia mais distante da paz e infeliz.

3 Comentários:

Blogger Manel do Montado disse...

Florbela...a foto...o cigarro depois (já não fumo, mas bebo), o doce retornar do corpo após o espasmo do sublime...sonhos, sonhos e mais sonhos.
Beijo

janeiro 05, 2006 1:49 da tarde  
Blogger Era uma vez um Girassol disse...

Florbela, a Bela, a minha preferida!Tive um tempo amargo, em que as suas palavras ressoavam, pesadas...

"Lágrimas ocultas

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida..." Florbela Espanca

Depois, a 8000 km de distância o amor surgiu...Quem diria?
Bjinho

janeiro 05, 2006 2:13 da tarde  
Blogger Andre_Ferreira disse...

Quem se distancia assim da paz e da felicidade? E porquê??

A sementeira não me correu lá muito bem! Relendo "A braços" não me identifico nada, terei eu escrito aquele poema??!

Muitos beijos e animo

Feliz ano novo

janeiro 05, 2006 10:01 da tarde  

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