a última noite.

enquanto com o grupo, ouvia-os sentada . ouvia?
sairam cedo como sempre, para ser diferentes, e ela ficou.

Marta Laura

a vodka corria. a música não estridente sequer. no dia seguinte iam separar-se para países perdidos no longe. hora a celebrar.

Steve Skjold

o homem do mar quis dançar com ela. no estrado, os outros que tinham mantido a distância pela presença dele, esqueceram os medos. foi um rodopio.

at mondays girl.

por fim, já cansada de ritmos russos (polónia semi ocupada), voltou ao lugar.

- o escritor? que é dele?

- saiu. não o viste?

- não.

lá se foi embora, o centro do mundo nem em dança em grupo sabe partilhar. ou foi beber mais porque aqui há regras. sai todas as noites. aonde irá ele, se nada acontece nesta cidade pacata e diurna?

fiquei foi sem escolta. grande cavalheiro! que se lixe então!

tinha quatro países sentados à mesa. lobos sorridentes de dente afiado. chamou por um quinto, para desempatar.

- olá. és da organização. preciso sair sem ser com nenhum destes que me cercam.

- anda, vem comigo. tiro-te daqui.

ergueram-se todos. juntos, saíram só dois para a noite fria. podiam antever-se no parque as cores da manhã.

Roger N. Clark