aves da manhã
Gunnsi
sejam as aves da manhã a despertar-me
não quero mais cidades fumarentas de bafos
e automóveis poluentes, rostos sem paz das gentes.
recorro à minha infância e redescubro o essencial
que aqui me falta, quase até ao sufoco de mim
é fuga, eu sei.
mas temos o direito de fugir daquilo que nos mata
lentamente.
cada um interprete como entenda o meu fugir.
eu quero de novo as aves sobre as àrvores
a erguer-se à hora da saída para a escola e
a saudar-me.
oh, manhãs frescas do passado a aliviar-me
do abafado cansaço dos despertares de agora!
sou menina de novo. o ar sabe a lavado
as aves da manhã começam a cantar
e eu saio a correr de bata ao vento.
5 Comentários:
Ai a vontade de fugir… encontrar refúgio em belas recordações de infância.
São momentos… e estes bonitos.
Grande abraço
Viagem saudável...Que frescura!
Gostei imenso!
Bjs
Conheci hoje um pedacinho do teu blog e gostei muito...
Sábia essa viagem dentro de nós e do tempo...curte :)
Van
E eu aqui no campo com saudades de visitar uma cidade! E hei-de ir brevemente, só tenho que esperar que os rouxinóis cheguem.
beijinhos do campo
"aves da manhã"... na noite que se insinua...
:)
Pra lá do significado o encanto dos teus versos.
Uma beijoca.
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