3/15/2006

quando sozinha e

dada a pensar desde a infância, não deixava de se perguntar o que a atraía no escritor. o físico? não, não só. a mente? sim, definitivamente.

uma mente caudalosa de ideias e cultura. de ideias incutidas cedo, rejeitadas tarde e que deixaram marca. outras que lhe brotavam, como na cabeça de um louco brotam brilhantes conceitos, que gostaríamos tanto de poder chamar nossos. ela pelo menos sim.

os loucos e as crianças eram o seu fascínio.


George Reclos

Maria aprendera a caminhar em cordas tensas desde o tempo do amor, tempo de melros, mas se isto era amor, era tão diferente do que sentira antes, que mal se atrevia ainda a chamar-lhe isso.

- casar, não caso. o meu filho não vai ter por padrasto um homem que eu própria mal conheço. além disso, para quê? nunca foi a minha vocação...

by Majid Mohammad

- ele é estranho parece que baloiça entre a quase rigidez e uma maleabilidade de acrobata. depois há os silêncios que parecem de pedra mas não são. o olhar invade, fotografa, transforma, desnuda.

não sei se é ele que olha ou uma máquina que me regista e me rouba a alma. sou mesmo árabe!

ria de si. mas estava inquieta. muito.

- definitivamente eu quero aquele homem. mas será que ele me quer a mim?

nunca fora segura das suas qualidades. ouvira tantas vezes "ela não é capaz", que acreditara, tanta era a convicção posta nesse dizer.

by Bruno

- tem vezes em que o olho como uma escada agreste a subir com gosto. sempre gostei de percursos difíceis, mas depois parece que fui dar a beco sem saída. a escada não tem fim, só tem muro a fechá-la. saberei eu lidar com isto já?

mas no sexo esquecia.

bebiam e amavam-se entre corpos. e os corpos, se livres, acabam sempre por entender-se bem.

Sylvie Blum

1 Comentários:

Blogger L disse...

"e os corpos, se livres, acabam sempre por entender-se bem." :)

março 16, 2006 12:19 da manhã  

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