não sabia a morada.procurou, pela noite,
- descansa. está melhor. foi o coração. encontrou-o um médico na estrada como quem estivesse a olhar o mar. estranhou que não se movesse e parou para ver. foi na Arrábida. que diabo estaria a fazer lá, sozinho ao fim da tarde?
ela queria tanto responder que sabia, mas tinha outra urgência.
- vamos.
- não. a mulher é ciumenta e se te vê...
- e que tenho eu com isso? fique com o homem. eu vou ver o Amigo.
disparou pelas vielas da cidade velha que mal conhecia. seguiram-na. acabaram por indicar a casa. bateu. cumprimentou e avançou para a cama.
estavam de mãos dadas como se não houvesse ninguém perto. como se tivesse sido sempre assim como se nada mais importasse já que estavam juntos.
drdriving.
mas que onda era aquela forte, que ela ouvia e parecia querer arrancar-lho das mãos entrelaçadas?
- porque não quer tratar-se?
- querem que deixe o teatro. isso é morrer, para mim.
- para mim é tê-lo vivo. e no teatro há bem mais que fazer sem ser no palco.
- parece tão simples pela tua voz. ( e baixo) o meu poema!
- é simples. prometa-me!
- eu trato-me.
sorriam os dois. ouviram vagamente alguém lembrar as horas.
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