2/02/2006

apareceu por fim um táxi. chovia.

- é este o caminho?
- depende para onde? para casa é. o hotel a esta hora já fechou as portas. estamos na polónia, cuidamos de vós. são ordens que temos.
- gostas de as cumprir?
- gostas de elogios?
- por hoje já tive dose que bastasse para o ego de um ano.
- pois, isso vi eu. foi a noite toda. parecias ser a única mulher na sala. e até danças bem.
- só se me liberto. hoje apeteceu-me. amanhã à noite vamos para varsóvia e depois para casa.
- dizes isso contente. não gostaste disto por cá?
- claro que sim!
saudade. conheces? palavra que existe só na minha terra. não vou sequer tentar traduzir.

calados enfim.

Keith Levit


- casa de madeira. que encanto!
- é ainda a casa dos meus pais. só saímos depois de casar, ou se o dinheiro ou espaço não bastam mas, para um dormitório. tenho de esperar.
- ainda falta muito?
- encontrar mulher.
- e é como?
- quase como tu.
- conta lá o quase...
- bonita, inteligente...
- vá.

gargalhou.

- que me dê menos trabalho. contigo teria de estar sempre atento.
- machista.

at fine art.book

subimos ao sótão, o espaço privado do jovem. os pais já dormiam.

a timidez súbita. passou-me um roupão.

- queres uma cerveja?
- não gosto, obrigada.
- vodka então para não misturar.


howard schatz


o beijo o cair do roupão... depois o efeito da vodka e, os corpos já quentes rolaram no chão.

mas quem era aquela? era eu, ou não?

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