2/02/2006

que horas seriam? não tinha relógio.

regressei do duche a correr no medo de encontrar alguém. o quarto vazio. que estranho me foi tudo aquilo, na hora!

uma casa estranha uma cama estranha e um homem que, desde o primeiro dia, me desafiava. foi o desafio ou o corpo apenas, cansado irritado de tanto esperar?

at fine-art.book.fr


- bom dia!
- bom dia ou boa tarde já?
- e isso que importa? ainda tinhas água quente para o banho?
- ainda. tenho um espectáculo que não quero perder, combinei ir vê-lo com...
- óptimo! hora de comer.


at Food and Drink

- que susto! feijão, salsichas puré...
eu quase não como, logo ao acordar.
- lá na tua terra talvez, aqui comes. estás num país frio e é trabalho meu.

não saímos logo.

- vem comigo, anda...

sorriso sem dúvidas. a cama ainda aberta...

Norbert Guthier

estava bem desperto o corpo do Iahn. o meu onde estava? dançava automático ao ritmo alheio. porquê?

sei eu lá!

1 Comentários:

Blogger José Pires F. disse...

Sempre que aqui fico um pouco, entretenho-me enquanto ouço a música, a ler ou reler outros textos que não os do dia. Descubro, invariavelmente, sons e imagens novas como a deste post, que de tão bem contado se percorre com a autora toda a cena, creio mesmo, que cometo um crime e me sinto a espiá-la.
Para me redimir, e feita em louvor da sabedoria e do bom gosto, ofereço-lhe esta frase:

À sua casa apetece-me sempre voltar, e a quem a mantém, longa vida desejar.

fevereiro 03, 2006 12:19 da manhã  

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