que horas seriam? não tinha relógio.
regressei do duche a correr no medo de encontrar alguém. o quarto vazio. que estranho me foi tudo aquilo, na hora!
uma casa estranha uma cama estranha e um homem que, desde o primeiro dia, me desafiava. foi o desafio ou o corpo apenas, cansado irritado de tanto esperar?
uma casa estranha uma cama estranha e um homem que, desde o primeiro dia, me desafiava. foi o desafio ou o corpo apenas, cansado irritado de tanto esperar?
- bom dia!
- bom dia ou boa tarde já?
- e isso que importa? ainda tinhas água quente para o banho?
- ainda. tenho um espectáculo que não quero perder, combinei ir vê-lo com...
- óptimo! hora de comer.
- que susto! feijão, salsichas puré...
eu quase não como, logo ao acordar.
- lá na tua terra talvez, aqui comes. estás num país frio e é trabalho meu.
não saímos logo.
- vem comigo, anda...
sorriso sem dúvidas. a cama ainda aberta...
estava bem desperto o corpo do Iahn. o meu onde estava? dançava automático ao ritmo alheio. porquê?
sei eu lá!
1 Comentários:
Sempre que aqui fico um pouco, entretenho-me enquanto ouço a música, a ler ou reler outros textos que não os do dia. Descubro, invariavelmente, sons e imagens novas como a deste post, que de tão bem contado se percorre com a autora toda a cena, creio mesmo, que cometo um crime e me sinto a espiá-la.
Para me redimir, e feita em louvor da sabedoria e do bom gosto, ofereço-lhe esta frase:
À sua casa apetece-me sempre voltar, e a quem a mantém, longa vida desejar.
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