a frio agora, escrevo o que creio, de facto, se passou.
não conseguiste tirar-me da moldura de infância que um dia te mostraram os meus pais.
se alguma vez eu fui essa criança, cedo matei essa forma de estar.
desconheces-me. eu pensava que não. será que a poesia não traduz afinal todo o sentir? escolhia para ti os poetas que narravam melhor quem eu podia ser. sei que os ouvias. como não entendeste? como não?
se alguma vez eu fui essa criança, cedo matei essa forma de estar.
desconheces-me. eu pensava que não. será que a poesia não traduz afinal todo o sentir? escolhia para ti os poetas que narravam melhor quem eu podia ser. sei que os ouvias. como não entendeste? como não?
apago as lágrimas do rosto, de uma vez.
não quero ser diferente, sou mulher. nova talvez, mas a mim que me importa?
amar-te-ia a teu jeito se viesses. mas não tenho vocação para romance de cordel e cansei de esperar.
parto sem ti para a vida. adeus Amigo.
dizer adeus é outra forma de morrer.
2 Comentários:
É outra forma de morrer mesmo!
Quantas vezes a realidade está tão à frente dos nossos olhos e não a vemos ou mesmo não a queremos ver.
Adoro o que escreves, Mulher!
Beijo gordo da Madrinha
Sabes como admiro a tua escrita, a sua forma enigmática que assume, a realidade roçando a ficção e não o inverso.
Mas permite-me uma coisa numa linguagem mais vernácula:
“Quando sentires um pontapé no cu, não te preocupes, é sinal que vais à frente.”
Quem não te puder acompanhar no teu percurso então é porque não está á altura de ser teu companheiro de viagem.
Beijo
Enviar um comentário
<< Home